Os mercados financeiros globais encerraram o dia em forte alta após declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicando abertura para diálogo com a China sobre as tarifas comerciais. No Brasil, o otimismo refletiu na Bolsa de Valores de São Paulo, que registrou valorização de 1,34%. Nos Estados Unidos, o índice Nasdaq subiu 2,5% e o Dow Jones avançou 1,07%.
A movimentação positiva também impactou o câmbio: o dólar teve leve recuo de 0,16% e o euro caiu 1,01%.
Na última terça-feira, durante uma cerimônia oficial, Trump reconheceu que a tarifa de 145% imposta sobre produtos chineses está em um patamar “muito elevado” e que deverá “cair substancialmente”. Segundo relatos de um participante do evento, o presidente antecipou que uma redução nas tarifas pode acontecer em breve.
Nesta quarta-feira, foi a vez da China se manifestar com tom conciliador. O porta-voz da diplomacia de Pequim, Guo Jiakun, afirmou que o país está disposto a retomar o diálogo. “A China já deixou claro que, em uma guerra comercial, não há vencedores. A porta para conversar com os Estados Unidos está escancarada”, declarou.
O tema também foi destaque na edição de hoje do jornal The Wall Street Journal, que informou que, caso as negociações avancem, as tarifas sobre produtos chineses poderão ser reduzidas para até 50%. Ainda segundo o jornal, está sendo avaliado um sistema escalonado de tributos, com faixas de 35% e 100%, semelhante ao projeto proposto anteriormente pelo Comitê da Câmara dos Representantes dos EUA. Nesse modelo, produtos considerados não ameaçadores à segurança nacional seriam taxados com 35%, enquanto itens estratégicos poderiam ter tarifas de, no mínimo, 100%.
A decisão final, no entanto, permanece nas mãos do presidente Trump.