O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante um discurso em defesa da democracia nesta quarta-feira (8), fez um comentário improvisado no qual afirmou que, em geral, “maridos tendem a amar mais as amantes do que suas próprias esposas”.
A declaração foi feita enquanto Lula explicava sua devoção à democracia, descrevendo-se como um “amante” do sistema. O discurso ocorreu em um evento no Palácio do Planalto, que marcou os dois anos dos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos três poderes da República.
“Não sou nem marido, eu sou um amante da democracia. Porque a maioria das vezes os amantes são mais apaixonados pela amante do que pelas mulheres. Eu sou um amante da democracia”, afirmou Lula. A declaração foi feita a poucos passos de sua esposa, Janja da Silva, que acompanhava o evento.

A fala gerou questionamentos por parte da imprensa. O futuro ministro da Secretaria de Comunicação, Sidônio Palmeira, foi perguntado se iria “repreender” o presidente pelo teor considerado sexista e machista da declaração. Sidônio, que foi responsável pelo marketing da campanha de Lula em 2022, evitou entrar na polêmica.
“Eu não vou entrar nesse momento porque ainda não assumi [o cargo]. O presidente tem vários predicados, vários atributos, inclusive na forma de se expressar; ele é quem é pelo jeito de falar. Tem que analisar cada fato. Nesse caso, vou me resguardar, porque não quero entrar em uma área que ainda é de outro ministro, o Paulo Pimenta, que está aqui até terça-feira. Vim aqui porque fui convidado e, a partir de terça-feira, terei maior prazer de falar com vocês. Eu gosto da imprensa”, respondeu Sidônio.