O Vaticano anunciou nesta segunda-feira (21/4) a morte do papa Francisco, aos 88 anos. Nascido em 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, o argentino Jorge Mario Bergoglio enfrentava uma doença pulmonar crônica que acabou sendo fatal. O falecimento ocorre um dia após o Domingo de Páscoa, quando o pontífice fez uma breve aparição na sacada da Basílica de São Pedro, emocionando a multidão presente com uma bênção especial.
Apesar da fragilidade de sua saúde, especialmente após um episódio recente de pneumonia bilateral, Francisco surpreendeu ao surgir diante dos fiéis. Contudo, ele não celebrou a tradicional missa de Páscoa, que foi conduzida pelo cardeal Angelo Comastri, arcipreste emérito da Basílica.
Desde sua alta hospitalar em 23 de março, após 38 dias de internação, o papa vinha reduzindo significativamente suas aparições públicas. Ele se ausentou das cerimônias da Sexta-Feira Santa e do Sábado Santo, mas já havia a expectativa de que marcasse presença, ainda que brevemente, no domingo. A celebração de Páscoa reuniu cerca de 35 mil fiéis na Praça São Pedro, decorada com flores enviadas pelos Países Baixos. “Irmãos e irmãs, feliz Páscoa!”, disse o papa em sua última mensagem pública.
Primeiro papa das Américas, Francisco conquistou o mundo com seu estilo simples, sua opção pelos pobres e sua postura acolhedora. Seu pontificado também ficou marcado por posicionamentos ousados, como as críticas ao capitalismo e os apelos por maior inclusão da comunidade LGBTQIAPN+ dentro da Igreja Católica.
Com a morte do pontífice, a Igreja Católica entra agora no período conhecido como Sé Vacante — quando não há papa em exercício. Durante esse tempo, a administração dos assuntos da Santa Sé fica sob responsabilidade do camerlengo, cargo atualmente ocupado pelo cardeal irlandês Kevin Joseph Farrell. Ele terá, entre outras funções, a missão de organizar o conclave que elegerá o próximo sucessor de Pedro.
