A Polícia Federal concluiu nesta quinta-feira (21) o inquérito que investigava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas, incluindo membros de seu governo, sob suspeita de participação em crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. O relatório foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e agora aguarda análise da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Entre os indiciados estão nomes importantes, como os generais Augusto Heleno e Braga Netto, além de Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A investigação apontou que os envolvidos planejavam ações para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleito em 2022.
Os crimes apontados no relatório podem render penas de 4 a 12 anos de prisão, dependendo da gravidade. Caberá ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, encaminhar o relatório à PGR para avaliação e eventual denúncia formal.
O indiciamento ocorre em meio a revelações de supostos planos para restringir o funcionamento de instituições como o Judiciário e, até mesmo, relatos de um suposto planejamento para eliminar figuras políticas importantes. A Operação Contragolpe, que integra esse contexto, já prendeu outros suspeitos e desarticulou possíveis ações futuras relacionadas ao casO.
